Era uma vez..

Era uma vez um rapazito de seus 24 anos que andava por Lisboa, perdido por entre estradas que conhecia mas sem saber a sua direcção..o tempo mortiço não o ajudava a ver mais além se bem que ele confiava sempre no seu instinto..Diga-se...esse seu sexto sentido, resulta muitas vezes com humanos, mas com direcções ou caminhos..nem por isso..
Por fim lá encontrou o seu destino..cumpriu a sua promessa e voltou à rotina do seu dia-a-dia...
Num canto ele continuou a libertar palavras e a idealizar sonhos, tudo para que num futuro próximo pudesse adquirir aquilo que sempre sonhou..uma independência solene, uma forma de viver diferente ou apenas mais um pequeno passo numa escadaria sem fim à vista.
Um dos seus muitos desejos é aprender, conhecer, descobrir algo que desconhece e poder saber um pouco mais do que sabia ontem..poder dizer que cresceu, que evoluiu e que foi um pouco mais do que hoje..quer para si, quer para os outros..porque quando parte dele vê os outros aprender, crescer ou mesmo atingir determinada meta, isso faz com que ele próprio se sinta concretizado..
Porque contar, descrever, observar faz com que se sinta humano e que se aperceba da efemeridade da sua existência e do quanto pode fazer para mudar uma pequena parte do seu destino..
Ele não o faz com um objectivo ainda, mas apenas porque cresceu assim, com o desejo eterno de poder honrar os princípios que o definem, e que o levam a ser quem é...

Por isso uma história nunca deve acabar, ela deve sempre permanecer presente de uma forma ou de outra..dentro de nós